sábado, 5 de maio de 2012

Palavras transformadoras


“As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável.”
(Madre Teresa de Calcutá)


Todos nós sabemos que nossas palavras têm poder, mas nem sempre damos conta do impacto que elas podem representar na vida do outro, seja positivamente ou negativamente. E não é necessário grandes filosofias para que as palavras certas sejam ditas.


Há palavras que transformam, e elas podem ser absolutamente simples como: bom dia! Na correria frenética que vivemos, muitas vezes falamos sem sentir, acostumados com os sons que fazem parte do nosso inconsciente; acordamos e cumprimentamos uns aos outros no piloto automático, sem colocar uma carga de entusiasmo e desejo verdadeiro.


Palavras que transformam devem ser ditas com o coração! Palavras transformadoras são aquelas desprovidas de todo sentimento de opulência, de eruditismo, de presunção...Palavras capazes de transformar o dia de outra pessoa são absolutamente simples, vem acompanhadas de singeleza e
ternura.


Palavras que tem o poder de tocar a alma do outro possuem energia própria; como flechas agudas atinge a pessoa certa, no momento certo. Palavras transformadoras são sinceras, desconhecem a indiferença, o cinismo, o egoísmo; são isentas de sentimentos pouco nobres. São palavras usadas
com frequência, mas pelo desconhecimento do real valor que há em suas simplicidades, são ditas de forma displicente.


Experimente usá-las com mais atenção e propriedade e perceba a capacidade que elas possuem de transformar, mudar e realçar a vida de uma outra pessoa. Experimente dizer com energia “bom dia”; diga “muito obrigado” de coração e olhando profundamente nos olhos da outra pessoa; não tenha medo de dizer - “errei, me perdoe”; diga, sem receios - “estou com saudade”; não espere mais para dizer “sinto sua falta”; não pense duas vezes para dizer “confie em mim”; e tenha coragem para dizer sempre “eu te amo”.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Guerreiros não meninos...


Madalena Carvalho


“...Seu sonho é sua vida...E a vida é trabalho...E sem o seu trabalho...Um homem não tem
honra...” (Guerreiro menino, Fagner)




Por mais que alguns possam reclamar da segunda-feira ou ficar feliz ao chegar a sexta-feira, uma coisa todos nós sabemos: o trabalho é importante, pois através dele temos condições para nos aperfeiçoar, para realizarmos nossos sonhos, cuidarmos de nossa família, enfim, nos dá dignidade como cidadãos.


Ninguém gosta de ficar sem trabalhar, sem ter o sustento para sua  manutenção. O dia do trabalhador nos serve para fazermos um levantamento das nossas conquistas, tanto no aspecto de sociedade como também no aspecto pessoal. Muitos avanços já vimos no decorrer dos últimos anos relativos às relações de trabalho, boa parte das empresas possuem programas de valorização do seu trabalhador, preocupam-se com um clima organizacional adequado.


Já avançamos bastante, mas ainda há muito que caminhar, uma vez que estamos vivendo uma época completamente inovadora, de mudanças rápidas, contantes e inimagináveis. O trabalhador de hoje precisa responder a estas novas exigências, buscar contínuo aprendizado, sair do lugar comum,
apaixonar-se pelo que faz; precisa estar disposto a fazer diferente, já que vivemos uma era totalmente nova, em relação ao que conhecíamos e que estávamos acostumados.


O trabalhador de hoje precisa entender a intensidade desta era centrada no Conhecimento. Vivemos na economia embasada no trabalho do conhecimento, tanto que 80% do valor agregado aos produtos são frutos do saber. Há uma diferença abissal de quando começamos a trabalhar para os dias de hoje e quem não acompanhou as mudanças geradas pelo Conhecimento, conheceu o
fracasso.


Mas qual a grande comemoração deste dia do trabalhador? Podemos nos enveredar por inúmeras linhas de pensamento, encontrar aquela que melhor possa nos levar a uma comemoração, porém, talvez seja necessário uma introspecção para encontrar significados para este dia.


Olharmos para a nossa jornada, ora radical, ora esperançosa. Analisarmos os paradigmas quebrados...as mudanças na nossa forma de perceber as pessoas, o crescimento da nossa rede de contatos motivada pelas mudanças tecnológicas; nossa capacidade de olhar para o futuro com responsabilidade; o abandono de velhos hábitos...Um novo olhar para um mundo a ser
descoberto...E aí perceber que em tudo somos guerreiros, sem grandes manuais vamos aprendendo a viver sob a égide do novo, sem deixar o humano de lado.


Guerreiros sim! Corajosos e impetuosos. E embora guerreiros, não há trabalhador que sobreviva sem palavras amenas, sem o carinho dos colegas, sem os abraços da família que vibra pelos desafios diários enfrentados e vencidos. Guerreiros também precisam de ternura, precisam de um remanso, e
não sendo meninos, guerreiros sabem e acreditam que com o trabalho dá pra ser feliz.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Permissões


Madalena Carvalho, 24/02/2012




Em alguns momentos da nossa vida reclamamos de determinadas situações imputando a outras pessoas uma suposta culpa por fatos e acontecimentos que estamos vivenciando. Neste momento,em geral, vem a sensação de raiva, de destravar a língua impensadamente, muitas vezes falando coisas ofensivas, ou seja, passamos a ter uma série de sentimentos ruins e prejudiciais única e exclusivamente a nós mesmos.


E na maioria das vezes não paramos para refletir os porquês. Então, cabe uma pergunta e, porque não dizer, uma análise mais profunda: Será que estes sentimentos não são frutos das nossas permissões?


Nada acontece em nossa vida sem que permitamos. Se nossos filhos não nos respeitam, por exemplo, em algum momento perdemos a rédea da situação. Se dizemos que as pessoas não nos respeitam, certamente permitimos que isso tenha acontecido, seja quando omitimos ou não expressamos nossa opinião; seja todas as vezes que não agimos com assertividade, ou, quem sabe, todas as vezes que nossa doação ao outro representa em nosso coração muito mais um apelo à recompensa do que propriamente a oblação verdadeira.


Que possamos analisar com frieza nossos comportamentos permissivos, se o fazemos conscientemente e, portanto, assumimos o ônus deles, ou se nos colocamos em uma posição vitimista para termos do que lamentarmos depois.
Cabe sempre analisarmos o quanto nossas permissividades são salutares ou não. É claro que algumas permissões conscientes (ou não) nos trarão uma boa sensação. Permitirmo-nos, por exemplo, a mudar comportamentos velhos e empoeirados que se encontram nas estranhas da lama, pode nos trazer um benefício ímpar.


Por outro lado, o excesso de permissividade, pode nos trazer consequências indesejadas. Estas permissões acontecem porque queremos exercer o papel politicamente correto. Usando o exemplo dos filhos, em nome de uma educação moderna e para não repetir o erro de nossos pais, permitimos
e damos liberdade demasiada até o ponto que não conseguimos mais reverter a situação.


Para sermos vistos como pessoas do bem, centradas e ponderadas, evitamos os conflitos, calamos nossas vozes, recuamos e relevamos, também, em demasia e, sem que possamos perceber, vamos alimentando um monstro interno, pronto para escapar da jaula a qualquer momento e fazer estragos
inimagináveis.


As permissões nos servem como aprendizado. As permissões são escolhas que fazemos. Se escolhemos andar por um caminho, aparentemente, mais fácil, porém calçado de consentimentos diários e irrefletidos, devemos assumir as consequências futuras. Não devemos esquecer que todas
elas levam a um resultado, seja este favorável ou não; cabe a nós fazer as seleções corretas e entender que os limites somos nós que impomos e não o outro.